Consagração, conversão levada ao extremo.
























"Ama de todo coração a Deus e a Jesus Cristo seu Filho crucificado" (5 CCL)

A Cruz, só a Cruz é que atrai as vocações. É ela o motivo da entrada do jovem na vida consagrada e de sua permanência.

Esse blog vocacional é uma das formas que a Fraternidade O Caminho encontrou para tratar, através de um "bate-papo" franco, alguns temas que na maioria das vezes constituem um problema na hora do jovem abraçar a vida consagrada.

O jovem que nos procura deve estar ciente que estará vindo para uma vida de renúncias, para uma árdua e difícil missão, para uma austera pobreza, experimentada num clima de perfeita alegria.

Venha viver conosco o desafio de ser discípulo de Cristo.

Não se atrai jovens com propagandas publicitárias, atrai-se com testemunho.

A vida consagrada é chamada a atrair os homens para Deus. Será que pode haver algo mais fascinante que isso?


Pe. Gilson Sobreiro
Fundador da Fraternidade O Caminho



sexta-feira, 25 de maio de 2012


Visita à Bolívia

Cheguei domingo à cidade de El Alto depois de um inesperado problema que encontrei quando cheguei ao aeroporto de Assunção. O box da empresa aérea que faria o trajeto Assunção/La Paz estava fechado e quando fui me informar o motivo me disseram que ela havia falido já fazia alguns dias.
A vontade de visitar nossas missões foi mais forte, porém que as dificuldades encontradas por isso que depois de alguns reajustes cheguei por fim a Bolívia.
Ir. Bernardo e Ir. Petrus, juntamente com duas amigas da Obra, já estavam me esperando. Fomos direto para a casa dos irmãos onde toda a comunidade estava lá aguardando a chegada do fundador.
Se a figura de um fundador é importante para a vida de uma comunidade que ainda está dando seus primeiros passos no país onde surgiu imaginem vocês o quanto não é significativa para as missões que se encontram fora dele.
Os dias que lá passei foram marcados pela oração, adoração, celebração da Santa Missa, pequenos trabalhos domésticos, reuniões e, sobretudo por momentos de gratuidades.
A casa dos irmãos é um albergue que acolhe todos os dias os filhos que vivem nas ruas. Eles chegam á noite e depois de tomarem uma sopa bem quentinha se recolhem para dormir. Pela manhã tomam café e depois saem outra vez para as ruas.
Escrevendo assim até parece ser bem pouco o que se faz, entretanto se levarmos em consideração o clima de El Alto, quase sempre abaixo de zero, esse acolhimento é vital para a vida dos filhos que vivem nas ruas.
Não poucas vezes aparece nos jornais da cidade noticias sobre “mendigos” que morrem de frio nas ruas.
Os irmãos também fazem curativos e levam os filhos que se encontram bastante debilitados para os hospitais. Não só isso, eles também vão às ruas juntamente com as irmãs.
Um dos frutos do trabalho realizado é que alguns filhos já estão vivendo na casa dos irmãos.
Os irmãos e as irmãs também desenvolvem um trabalho missionário com os presos. Uma das cadeias visitada fica à uma hora de ônibus e mais três quilômetros a pé. Tudo isso para cumprir o mandato de Jesus que nos diz “estive preso e fostes me visitar” (Mt 25,36).
As irmãs também estão começando um trabalho junto às adolescentes que vivem em situação de prostituição e ajudam na comunidade paroquial Virgem Milagrosa.
Uma das coisas que mais me impressionou nessa visita missionária foi o carinho e o respeito que os irmãos e as irmãs tem pelo povo boliviano, pela sua cultura e pelas suas tradições. Me alegrou também o coração a bela experiência de vida fraterna que eles vivem e a alegria por poderem levar o Carisma da Fraternidade “além fronteira.”  Ide por todo o mundo...
Um dos momentos mais marcantes da minha estada em El Alto foi a Missa em Ação de Graças pela nova capela das irmãs e o postulantado da Lili, nossa primeira vocação boliviana. Amigos e benfeitores vieram de todas as partes para esse significativo momento da vida da comunidade. 
Depois da Santa Missa a alegria tomou conta de todos e foi marcada pelos diferentes ritmos bolivianos; la morenada, la cueca, el caporale, etc.
Deus abençoe a cada um dos irmãos e irmãs que estão na Bolívia e a vontade de voltar lá é tão grande que quem sabe eu não volte ainda esse ano para vê-los outra vez.
Pe. Gilson Sobreiro, pjc
Pobre missionário de Jesus Cristo

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